Olá a
todos os leitores do Blog Sports Medicine Brasil.
Nos últimos dias, venho
pesquisando o tema “performance” e avaliação em dinamômetro isocinético.
Argumenta-se
na literatura que esse tipo de avaliação tem pouca correlação com desempenho. E
é verdade, na maioria das vezes. Uma avaliação que é uniarticular, em posição
normalmente sentada, de cadeia aberta tem uma aplicabilidade baixa. No entanto,
esta avaliação segura e altamente reprodutível tem seus méritos e suas aplicações
mesmo em atletas de elite.
Segundo
J. Olmo e N. Castilla, pesquisadores de Madri, existem variáveis que podem ser utilizadas para velocistas.
E há indícios fortes para descrever
ou predizer alto desempenho para “sprinters”. No estudo Explosive strength-related isokinetic parameters in
high-level sprinters and long-distance runners: The relative power index
Isokinetics and Exercise Science 13 (2005) 243–249,
o parâmetro relacionado
a “performance” em velocistas foi chamado de Índice de Potência Relativa –
média da potência a 300˚/s dividido pelo pico de torque a 60˚/s.
O Índice por si só aproxima-se das
características de esportes de velocidade. Simplificadamente, temos a relação
entre uma variável de alta velocidade por uma de baixa velocidade. Para
avaliá-la, deve-se fazer dois testes. O primeiro para conseguirmos o numerador:
mensuramos a força média na velocidade de 300˚/s – potência média a 300/s. No
segundo teste, o denominador, temos o maior valor obtido na velocidade de
60˚/s.
Se a de
baixa velocidade for alta, a tendência é de que o índice diminua; quando a - a
potência média na velocidade de 300/s for alta – a tendência é de que o índice
aumente. Portanto, se um sujeito consegue produzir e manter uma força em
velocidades altas (300˚/s), a tendência é que ele tenha características de
velocista.
Pois é...
esse tema fica pouco “palatável” quando não estamos muito familiarizados com
ele. Então pessoal: opinem, critiquem. Está aberta a discussão.
Grande abraço,
2 comentários:
A cada dia temos mais ferramentas para avaliar atletas, conseguimos ter parâmetros diretos para saber se um atleta apresenta maior predisposição para uma determinada prova. A profissionalização do esporte e os investimentos tornam mais viáveis o uso de tecnologia no auxílio de desenvolvimento e avaliação de atletas.
Muito interessante. Sempre tenho a sensação de que podemor "tirar" um pouco mais deste exame.
Abraços.
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