quinta-feira, dezembro 22, 2011
O Médico a Beira do Ringue
quarta-feira, dezembro 14, 2011
A musculação pode melhorar o seu alongamento?
Olá amigos do Sports Medicine Brasil, neste post discutiremos um dos assuntos mais polêmicos na medicina do esporte e do treinamento esportivo: os alongamentos.
Poucos assuntos são tão controversos quanto os alongamentos quando falamos de exercício, reabilitação ou esporte. Por isso escolhemos o artigo “Resistance Training vs Static Stretching: Effects in Flexibility and Strength” para este post. O objetivo do artigo publicado no Journal of Strength and Conditioning Research é comparar ganhos de flexibilidade obtidos com os treinamentos de força e alongamento.
Para o estudo os sujeitos foram divididos em um grupo que realizou treinamento de força em amplitude completa do movimento e outro grupo que fez alongamentos passivos. O treinamento de ambos os grupos durou 5 semanas e o estudo ainda contou com um grupo controle, que não realizou treinamento de força ou alongamento.
Após as cinco semanas de treinamento, houve melhora semelhante de flexibilidade entre o grupo que realizou alongamentos e o grupo que realizou treinamento resistido. Estes resultados sugerem que o treinamento com pesos, quando realizado em amplitude de movimento completa, pode gerar melhora da amplitude de movimento de magnitude semelhante a obtida por um programa de exercícios de alongamento.
Os resultados são importantes pois sugerem que um programa de treinamento resistido bem elaborado pode otimizar o tempo de treino uma vez que atua na força e flexibilidade. Como o estudo teve duração de apenas cinco semanas, é prudente investigar as adaptações em longo prazo antes de dar recomendações a favor ou contra o treinamento específico de alongamentos.
sábado, dezembro 10, 2011
Video Games e Gasto Calórico em Adolescentes
domingo, dezembro 04, 2011
Mundial de Handebol Feminino no Brasil
sexta-feira, dezembro 02, 2011
Meias Compressivas e Performance de Corrida
quarta-feira, novembro 23, 2011
Retorno ao esporte após lesão do LCA
O assunto da semana diz respeito a um tema muito frequente na medicina do esporte: o retorno após reconstrução do LCA. Será que os critérios utilizados são adequados para que o atleta retorne ao seu esporte com segurança? Um simples teste isocinético com resultados dentro dos padrões da normalidade, associado à estabilidade articular, é o suficiente para afirmarmos que o atleta retorna ao esporte sem um risco aumentado de novas lesões?
Seria muito bom se as coisas fossem tão simples, tudo preto no branco. Infelizmente não são. Cada vez mais percebemos que ainda há muito o que aprender na campo da reabilitação. A experiência clínica e estudos científicos nos mostram que, mesmo quando um atleta apresenta os critérios clássicos para o retorno ao esporte após reconstrução do LCA, o risco de novas lesões é muito alto.
Mas o que, então, devemos fazer para minimizar os riscos?
A verdade é que estamos longe de conhecer tudo que funciona (e o que não funciona) para a prevenção de novas lesões. A notícia boa é que a ciência está mostrando novidades que merecem ser testadas, em especial as relacionadas com a biomecânica dos atletas.
Estudos contemporâneos têm demonstrado que alterações proximais (tronco, pelve e quadril) podem estar intimamente relacionadas com lesões do joelho. Recentemente foi evidenciado que, no momento que atletas com reconstrução do LCA são liberados para retorno ao esporte, existem alterações biomecânicas do quadril contralateral devido ao desequilíbrio de carga ( na tentativa instintiva de “poupar” o joelho operado). Estas alterações levam ao desalinhamento do membro e sobrecarga de diversas estruturas do joelho, entre elas o LCA. Este é um potencial motivo para a alta incidência de rupturas contralaterais após o retorno ao esporte.
Desta forma, a rotação interna e adução dinâmica do quadril durante a fase de apoio, especialmente em saltos e mudanças de direção, deve ser considerada com mais atenção antes do retorno ao esporte após lesões do LCA. Isto porque estas duas variáveis, associadas ao desequilíbrio de carga entre os membros, assim como as alterações de equilíbrio podem ser importantes preditores para uma nova lesão ligamentar.
Rotação Interna e Valgo Dinâmico do quadril devem ser corrigidos.
É evidente que há muito a ser descoberto nessa área, por outro lado, vivemos um momento em que novos paradigmas começam a ser firmados. Não podemos ignorar novos modelos que começam a surgir, mas sim, temos que considerá-los de forma crítica pois possivelmente se firmarão como modus operandi num futuro próximo.
quinta-feira, novembro 17, 2011
Leite com Chocolate na Recuperação de Atletas
quinta-feira, novembro 10, 2011
Atualizações no Exame Pré Participação
quinta-feira, novembro 03, 2011
Lesões no Rugby Feminino (Copa do Mundo de Rugby 2010 – IRB)
terça-feira, outubro 25, 2011
Boa noite amigos do Sports Medicine Brasil! Para o post desta semana convidamos Gustavo Nakaoka, um colega que vem deixando importantes contribuições nos comentários que faz no blog. Seguem as palavras de nosso amigo:
LCA: Operar ou não?
A cirurgia do ligamento cruzado anterior (LCA) é, nos dias de hoje, uma das mais estudadas na ortopedia, mesmo assim ainda é muito difícil identificar quais indivíduos são candidatos (ou não) para a ligamentoplastia.
A lesão do LCA apresenta efeitos potencialmente deletérios no que diz respeito à função muscular, cinemática, estabilidade articular e propriocepção do joelho.
A abordagem terapêutica desta lesão pode ser feita de duas maneiras: conservadora e cirúrgica. Contudo, ainda não há consenso na literatura sobre qual tratamento possibilita um melhor resultado funcional.
Antigamente os trabalhos apontavam resultados ruins no tratamento conservador, reforçando a preferência pela intervenção cirúrgica. Com isso, ainda hoje a grande maioria dos médicos indica a reconstrução do LCA principalmente para pacientes que desejam praticar atividades físicas em alto nível, isso porque a taxa de indivíduos operados que retornam ao esporte é alta e também crê-se que esportes com gestos como saltos, movimentos de pivô e mudanças súbitas de direção inevitavelmente resultariam em instabilidade articular em um joelho deficiente do LCA.
Sendo assim, o objetivo primário da ligamentoplastia é promover estabilidade articular e retorno seguro do paciente ao nível de atividade desejada, contudo, poucos estudos mostram que a reconstrução do LCA efetivamente reestabelece a estabilidade dinâmica do joelho, ou mesmo permite retorno total às atividades praticadas antes da ruptura, na maioria dos indivíduos.
Pessoas com deficiência nesse ligamento que apresentam instabilidade articular dinâmica e incapacidade de retornar às suas atividades prévias à lesão são denominadas “noncopers”. Porém, alguns aparentemente são capazes de estabilizar seus joelhos dinamicamente mesmo em esportes que demandem gestos como o pivoteamento, tais indivíduos são denominados “copers”, uma vez que conseguem retornar às suas atividades pré-lesão sem episódios de falseio e, sendo assim, não necessitariam passar pelo procedimento cirúrgico. Ainda há uma terceira categoria, na qual encontra-se a maioria das pessoas com deficiência do LCA, a dos “adapters”. Nela se encaixam indivíduos com lassidão acima de 3mm (se comparada ao membro contralateral) durante o exame inicial e são aptos a evitar episódios de instabilidade ao mudarem hábitos e níveis de atividade.
Pesquisas mostram que, com o devido trabalho de fortalecimento e treino sensório-motor, pessoas com ruptura do LCA apresentam bom prognóstico a curto e médio prazo, entretanto tais indivíduos tendem a diminuir seus níveis de atividade após a lesão. Também existem trabalhos apontando que de 19 – 82% das pessoas que passaram pelo tratamento conservador da lesão do LCA conseguem retornar à prática esportiva no nível pré-lesão e que de 8 a 82% dos que realizam a ligamentoplastia e tratamento pós-operatório retornam no mesmo nível.
Atualmente, diversos grupos de pesquisa fazem acompanhamentos constantes em indivíduos elegíveis ou não para o tratamento conservador que, após separados nos grupos “copers”, “noncopers” e “potencial copers” (indivíduos que podem, com o devido treinamento retornar às atividades sem necessidade de cirurgia), são submetidos ao tratamento adequado. Tais grupos, após follow ups que chegam a 15 anos, sugerem que um nível satisfatório de atividade pode ser alcançado com alterações das atividades de vida diária e reabilitação neuromuscular adequada, diminuindo assim a necessidade da ligamentoplastia; além de um grupo mostrar uma tendência de “potencial copers”, após tratamento conservador, obterem sucesso no retorno às atividades esportivas sem apresentar episódios de instabilidade ou diminuição funcional em 72% dos casos.
Sendo assim, ainda não existe consenso em como identificar indivíduos elegíveis ou não para o tratamento conservador ou ligamentoplastia o que diminuiria consideravelmente as consequências deletérias de um tratamento mal indicado.
Gustavo B. Nakaoka
Fisioterapeuta
Especialista em Fisioterapia Musculoesquelética pela ISCM-SP
Especializando em Fisiologia do Exercício e Biomecânica do Aparelho Locomotor pelo IOT - HC FMUSP
Referências:
Kaplan Y. Identifying individuals with an anterior cruciate ligament-deficient knee as copers and noncopers: a narrative literature review. J Orthop Sports Phys Ther. 2011 Oct;41(10):758-66.
Snyder-Mackler L, Risberg MA. Who needs ACL surgery? An open question. J Orthop Sports Phys Ther. 2011 Oct;41(10):707-7.
quinta-feira, outubro 20, 2011
Abuso, Perseguição e Bullying no Esporte
quarta-feira, outubro 12, 2011
Relação da musculatura lombopélvica com lesões musculares de membros inferiores
No último volume do JOSPT foi publicado um estudo que avaliou a relação da área de secção transversa (CSA) de músculos lombopélvicos com o risco de lesões musculares nas coxas de jogadores de futebol australiano. A CSA dos músculos multifidos (MF), quadrado lombar (QL) e psoas maior (PM) foi aferida através de ressonância magnética (RM) e as lesões musculares foram registradas pelos médicos dos clubes durante a pré-temporada.
Os atletas que apresentavam menor CSA do MF apresentaram maior risco de lesão muscular de coxa, não observando-se associação entre a CSA do QL e PM com o risco de lesões durante a pré-temporada.
O músculo MF é um dos estabilizadores locais mais bem estudados (estabiliza segmentos lombopélvicos para que os movimentos do esporte fluam de forma eficiente e segura). A maior parte das publicações mostra que a manutenção de uma pequena contração deste músculo é suficiente para gerar estabilidade lombopélvica. Para que haja segurança na maioria dos esportes, portanto, o MF deve apresentar características de endurance.
Esses resultados nos mostram que, possivelmente, em esportes de colisão e com alta demanda muscular, uma maior geração de força pelo MF poderia ser necessária para evitar lesões. Portanto, poderíamos avaliar a área de secção transversa do MF na pré-temporada de determinados esportes, com o intuito de identificar atletas com necessidade de realizar trabalhos específicos de prevenção. Outra estratégia seria incluir treinamento específico para todos atletas, evitando assim gastos com exames complementares. A utilização de qualquer uma destas ações pode favorecer a prevenção de lesões musculares em esportes que exijam alta demanda.
J Orthop Sports Phys Ther 2011;41(10):767-775, Epub 4 September 2011. doi:10.2519/jospt.2011.3755
Pontos Importantes
Boa função dos estabilizadores lombopélvicos é importante na prevenção de lesões no esporte.
Menor CSA dos multifidos pode ser um fator de risco para lesões.
Possivelmente, além do endurance do MF, também sua força pode ser importante para prevenção de lesões em determinados esportes.
quarta-feira, outubro 05, 2011
Estabilidade do Core e Performance
quarta-feira, setembro 28, 2011
Berço de Campeões ou Campeões desde o Berço?
quinta-feira, setembro 22, 2011
Avaliação da Síndrome Compartimental
Esta semana nosso post em medicina do esporte trata de um assunto pouco elucidado, a investigação da síndrome compartimental crônica relacionada ao exercício (CECS). O British Journal of Sports Medicine do mês de setembro publicou um artigo sobre avaliação minimamente invasiva da CECS. Neste artigo os autores australianos Hislop e Batt expõe o problema de não haver um protocolo universalmente aceito para avaliação da CECS, e de não haver um consenso de como devemos realizar esta avaliação.
No artigo os autores sugerem que devemos evitar inserções desnecessárias de agulhas. Apesar de, em mãos experientes, o índice de complicações ser baixo, o exame é invasivo e não está livre destas. Algumas são importantes, como infecções, lesões neurovasculares e risco de sindrome compartimental aguda necessitando de fasciotomia de urgência. Portanto, na opinião dos autores, qualquer protocolo que limite a inserção de agulhas deve ser promovido.
Sobre a avaliação em casos com sintomas bilaterais, que correspondem a 75 a 90% dos casos, o artigo advoga pelo teste apenas na perna mais sintomática. Assim, se o teste for positivo e o paciente apresentar clínica compatível no membro contralateral, considera-se o caso como bilateral. Os autores também são contra a avaliação da pressão em diversos compartimentos pois os pacientes geralmente apresentam clínica em apenas um, ou no máximo dois, compartimentos. Da mesma forma o artigo recomenda que não utilizemos medições pré-exercício pois sabe-se que a pressão compartimental de repouso é entre 0 e 8 mmHg, e para a aferição em repouso são necessárias inserções extras.
Na falta de um protocolo consagrado, o uso de testes menos invasivos é algo que deve ser considerado. Por outro lado existem autores que recomendam protocolos mais invasivos, inclusive um destes protocolos foi publicado no mesmo volume do Britsh Journal of Sports Medicine.
quarta-feira, setembro 14, 2011
Workshop de Emergências no Futebol
quarta-feira, setembro 07, 2011
Prevalência de Overtraining em Jovens Atletas Ingleses
quarta-feira, agosto 31, 2011
Clinical Sports Medicine
Em conversa recente que tive com alguns estudantes de medicina interessados na medicina do esporte, percebi que pode ser muito difícil que eles tenham acesso a importantes fontes bibliográficas. Isso acontece por dois motivos principais: primeiro por não serem apresentados a estas fontes e, segundo, pelo fato dos principais livros de medicina do esporte dificilmente serem encontrados nas livrarias de nosso país. Ou seja, a maior parte dos estudantes desconhece a existência destes livros, e os poucos que conhecem precisam importá-los sem ao menos terem a possibilidade de folheá-los antes.
Pensando nisso resolvi escrever um pouco sobre um livro australiano muito bom, que contempla os principais assuntos da especialidade: Clinical Sports Medicine, de Peter Brukner e Karim Khan.
Este livro é muito interessante para médicos do esporte por inúmeros motivos:
É bastante abrangente.
Apresenta o que há de mais atual na medicina do esporte baseada em evidências.
Discute detalhadamente o tratamento clínico das afecções relacionadas à medicina do esporte.
A abordagem das afecções musculoesqueléticas é feita pelos sintomas e não pela lesão, o que o torna mais próximo da realidade prática (vejam o índice abaixo).
Visual agradável e convidativo, tornando a leitura fácil e prazerosa.
É um bom livro para aprender medicina do esporte, lendo-o do início ao fim. Também é muito prático (exceto pelo peso) para usar como fonte de consulta de dúvidas específicas. Na minha opinião é um livro que todo médico do esporte deve conhecer.
Índice:
Sports injuries |
Pain: where is it coming from? |
Beware: conditions masquerading as sports injuries |
Biomechanics of common sporting injuries |
Principles of injury prevention |
Recovery |
Principles of diagnosis: clinical assessment |
Principles of diagnosis: investigations including imaging |
Treatments used for musculoskeletal conditions: more choices and more evidence |
Core stability |
Principles of rehabilitation |
Sports concussion |
Headache |
Facial injuries |
Neck pain |
Shoulder pain |
Elbow and arm pain |
Wrist, hand and finger injuries |
Thoracic and chest pain |
Low back pain |
Buttock pain |
Acute hip and groin pain |
Longstanding groin pain |
Anterior thigh pain |
Posterior thigh pain |
Acute knee injuries |
Anterior knee pain |
Lateral, medial and posterior knee pain |
Shin pain |
Calf pain |
Pain in the achilles region |
Acute ankle injuries |
Ankle pain |
Foot pain |
The patient with longstanding symptoms |
Maximizing sporting performance: nutrition |
Maximizing sporting performance: to use or not to use supplements? |
Maximizing sporting performance: psychology principles for clinicians |
The younger athlete |
Women and activity-related issues across the lifespan |
The older person who exercises |
The disabled athlete |
Sport and exercise-associated emergencies: on-site management |
Cardiovascular symptoms during exercise |
Respiratory symptoms during exercise |
Gastrointestinal symptoms during exercise |
Diabetes mellitus |
The athlete with epilepsy |
Joint-related symptoms without acute injury |
Common sports-related infections |
The tired athlete |
Exercise in the heat |
Exercise at the extremes of cold and altitude |
Exercise prescription for health |
The preparticipation physical evaluation |
Screening the elite athlete |
Providing team care |
Traveling with a team |
Medical coverage of endurance events |
Drugs and the athlete |
Ethics and sports medicine |
quarta-feira, agosto 24, 2011
Comparação Entre Dieta e Exercício no Perfil Lipidico em Adultos Obesos
quarta-feira, agosto 17, 2011
Chuteiras, Performance e Lesões.
quarta-feira, agosto 10, 2011
Imersão em Água Gelada e outras Formas de Recuperação no Esporte
O uso de técnicas para recuperação após treinos e competições é um assunto muito controverso em medicina do esporte. Apesar de não haver forte evidência científica justificando seu emprego, massagens, recuperação ativa, imersões e outras técnicas são muito difundidas, pois atletas e treinadores relatam experiências positivas com seu uso. Dentre as modalidades mais aceitas pelo meio esportivo podemos destacar a imersão em água gelada. Em alguns esportes, como Rugby, este tipo de imersão faz parte da rotina dos atletas em competição, especialmente quando o intervalo até o próximo embate é curto.
Em artigo publicado este ano no European Journal of Applied Physiology, Pournot e colegas estudaram os efeitos de algumas técnicas de recuperação em atletas de elite do futebol, rugby e volei após 20 min de exercício intermitente exaustivo. No estudo, foram avaliadas a imersão em água fria (10 graus), termoneutra (36 graus) e contraste (10-42 grau), além da recuperação passiva. Os resultados sugerem que o contraste e, especialmente, a imersão em agua fria podem trazer alguns benefícios na recuperação dos atletas.
A imersão em agua a 10 graus, após sessão de exercício intermitente exaustivo, demonstrou melhora da força de contração muscular após uma hora e após 24 horas. Além disso, os atletas que realizaram a imersão em agua fria obtiveram melhor desempenho na impulsão vertical, aferida uma hora após a sessão de exercício exaustivo. Em relação aos marcadores de lesão muscular, a CPK estava aumentada após 24 hs da sessão de exercício em todos os grupos, exceto no grupo que realizou imersão em água fria, sugerindo uma proteção à lesão muscular com esta modalidade.
Os resultados do presente estudo sugerem que o emprego de técnicas de imersão em agua fria podem ser benéficas para a recuperação em esportes coletivos. Este estudo mostra também o quanto é importante buscarmos evidências científicas para técnicas controversas e empiricamente consagradas na medicina do esporte.
Pontos de destaque:
1- Várias técnicas de recuperação são utilizadas nos esportes.
2- Existem poucos estudos sobre a efetividade destas técnicas.
3- Estudos recentes sugerem que a imersão em agua fria pode ajudar a recuperação de atletas.